‘A chave é encontrar o equilíbrio certo de
estabilidade na carga horária, níveis de estresse, níveis de estimulação e
satisfação com o trabalho. ‘
Esse texto foi escrito por um PHD na área da saúde
mental se referindo aos bipolares no mercado
de trabalho.
Mas essa não é a
chave pra tudo na vida?
Equilibrio...
Não tenho formação acadêmica sobre o assunto, mas sou
o que se pode chamar de –Tântrica* – alguém que vive a experiência do
conhecimento.
- *Tantra é uma
filosofia hindu muito antiga cuja natureza comportamental que tem por características: matriarcal, sensorial, naturalista e desrepressora. Também é o Tantra um complexo sistema de descrição da realidade objetiva
tornando-o assim uma ciência prática e aplicável .-
(Nada a ver com a corrente de sexo tântrico mas com a linha da filosofia hindú.)
(Nada a ver com a corrente de sexo tântrico mas com a linha da filosofia hindú.)
Era um esforço pra mim as salas de aula, tenho paixão
pelo contato direto com a experiência humana.
Desde os meus treze anos enveredei pelo caminho do
estudo sobre o comportamento, li mais de um sem número de livros, sobre antropologia, biologia, história, filosofia, arte, religião, participei de
cursos, palestras, mas nada que substitua a minha vivência, eu sempre me joguei
inteira na experiência da vida.
Sobre o bipolar um assunto bastante em moda...
No meu convívio com alguns deles ou quando leio matérias
e relatos sobre bipolares,
fora da crise, vejo um perfil evidenciando dedicação ao que se propõe amorosidade e grande sensibilidade.
fora da crise, vejo um perfil evidenciando dedicação ao que se propõe amorosidade e grande sensibilidade.
Eu tenho uma pessoa bipolar na minha família, muito
inteligente, um excelente profissional, além de ter habilidade em diversas
áreas.
Infelizmente podemos dizer que em grande parte temos
uma sociedade de ‘cascas grossa’, pessoas que passam por cima da outra sem a
menor cerimônia e essas pessoas casam, criam filhos, e deixam suas impressões
sobre as outras.
Parece incrível, mas existe uma tendência a ser aceito
esse tipo de comportamento como normal e não como emocionalmente desorganizado.
Eu quando bem jovem tive um relacionamento com um
sociopata e nunca o vi deprimido, pelo contrário, saia pisando em cima, mas
não de qualquer um, apenas de quem estava numa posição desfavorável em relação
a ele.
O que vejo é que a definição de estados alterados ou desequilíbrios
emocionais ainda são observados com preconceito e elitismo.
A pessoa que tem dificuldade em lidar com a pressão e
com o estresse nas relações interpessoais, que apresenta comportamento neurótico
nos mais variados níveis trás essa dificuldade derivada de uma formação
originada lá no inicio da sua vida.
Além de termos uma sociedade consumista, onde não
possuir signos que se apresentam como aval de sucesso imprime sobre as pessoas
sensação de inadequação e sentimentos de não competência.
O que tem se chamado de bipolaridade é um deles, e o
pior é que pelo que observo a maioria dos bipolares acabam se tornando adeptos
de vícios, desespero óbvio de sua dificuldade em se relacionar com a vida.
Outro dia lendo uma página virtual onde um grupo
espiritualista propunha que se deixa-se o nome numa lista para um trabalho de
energização curativa, observei tantos
pedidos de ajuda que fiquei com a alma aflita, uma moça dizia – peço
ajuda pois estou em crise bipolar e voltei a usar anfetamina – outra mãe pedia
pelo filho bipolar pai de três que voltara a usar craque após nova separação da
esposa – e como esses outros relatos
falando de pais, mães, filhos, famílias desorganizadas, ali não estava
nenhum pedido pra alguém que matou, lesou cofres públicos, eram pessoas pedindo
socorro desorientadas.
O que está faltando é conhecimento sobre si mesmo e sobre
o limite do próximo em nível espiritual, mental e emocional.
Avaliamos o outro por sua formação acadêmica,
aquisições materiais, postos sociais, mas sabemos e nos interessamos muito
pouco pelo que vai dentro do outro como pessoa e isso não é em nenhuma escola que
vamos aprender ou em tratamentos médicos que realmente vamos sanar, são
procedimentos paliativos, adestramentos, apenas quando aprendermos um olhar profundo e atencioso sobre nós e
sobre o outro como seres espirituais e emocionais é que estaremos trilhando o
rumo certo.
Há muitos anos tive Síndrome de pânico, os episódios
perduraram por quase quatro anos, eu não conseguia ir aos lugares sozinha, não
conseguia sentir meus filhos, o pânico me
fazia ilhada, fui acompanhada por um ótimo médico terapeuta, tomei
medicamentos, mas não obtive cura.
Me curei a partir da vontade de promover a mudança.
Certo dia, cansada daquilo tudo, me encerrei junto da
natureza, na época eu morava num colo de serra litorânea, e ali em comunhão dos
mais nobres elementos de energia, juntamente com a mudança da alimentação,
parei de consumir carne, e reunindo mais que o habitual, livros de bons
contextos em três meses eu não tinha mais nenhuma crise de pânico.
Continua...
Ivone Leão
Por mais lucidez nas relações humanas.
7 comentários:
Oi, Ivone.
É uma alegria ter encontrado você.
Bom dia!
Bjos.
Adorei o texto.
Acho que nós que somos mulheres precisamos nos unir, há muito por fazer.
Bjs
O equilibrio é fundamental para mantermos o nível de conciência, e estarmos em harmonia com as pessoas e com o Universo.
Parabéns pelo tema abordado.
A Lita Duarte
é bonita
e constrói arte! rs
Bom dia querida, obrigada pelo carinho!
bjos
Dadi que bom você por aqui! rs
Pode contar comigo flor, com amor carinho e bom humor podemos fazer muito tenho certeza!!
Bjo querida!
O que nem sempre é fácil é,
manter o equilibrio, enquanto uma onda enorme materializada nos mais diversos meios de comunicação nos convida a desarmonia.
Precisamos nos focar na obra do bem estar construindo relações saudáveis!
Bjo Angelo querido
Os problemas emocionais sempre tem um contexto social, mas entendê-los e viver de forma mais tranquila hoje se tornou uma prática médica, e não psicológica. Este é um dos lados do problema. O outro é viver o dia a dia sem escapes,como pessoas que mudam para uma rotina externa rígida como tantos espiritualistas, mas se esquecem de cultivar uma religiosidade mais profunda e verdadeira. Um abraço, Zanoni.
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