Ivone Leão

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A idade da Sabedoria!


... sempre fui encantada pela vida humana, em entender como vamos formando nossos valores... me lembro, novinha ainda, observando pessoas bem mais velhas, senhores e senhoras, imaginando como seria ficar com o corpo e o rosto modificado pelo tempo!!

Guardo ainda na lembrança o olhar de algumas pessoas que apesar de ter a idade avançada o mantinham brilhante, vivo e alegre como de uma criança e isso me deixava intrigada, o que as manteriam assim...

Desenvolvi no tempo em que avançava para a idade adulta e hoje na maturidade algumas teorias quanto o porque das pessoas serem tão diferentes no modo de 'envelhecer', essa palavra tão temida por muitos e que ainda não consegui entender porque de tanto preconceito em torno dela, se a maioria das coisas são vulneráveis ao ciclo da decadencia, diferente do crescimento espiritual e intelectual que é sempre crescente, por menor que possa parecer em certas pessoas acredito que ninguém nasce e morre sem acrescentar nada de melhor durante a vida.
 
Já li muitas edições auto-biografias onde os autores relatam que acessaram o equilíbrio emocional apenas na fase do terceito ato, fase da sabedoria, não estou fazendo apologia da 'velhice' lógico que se eu pudesse me manter com a aparencia dos 30 até os 100 anos, eu adoraria, mas já que não é assim, penso mesmo que encarar o mundo sem os argumentos da 'sedução' física é um novo desafio e um bom exercício para a evolução espiritual.

Há alguns anos atrás preparei para uma amiga muito querida que passava dos 70 anos, atualmente já no 'andar de cima', um pequeno questionário abordando questões sobre como ela se sentia naquela fase da vida, dei uma procurada nas minhas coisas mas não encontrei no momento, para ser mais fiel as perguntas e respostas, em resumo, ela me respondeu que se sentia muito bem e disse que foi se adaptando gradativamente a mudança da aparência ao longo do tempo e o que a fez sentir sempre muito bem e estimulada foi nunca deixar de ter projetos e trabalho para realizar em sua rotina diária, não se casou devido a não ter encontrado um homem que realmente se afinisasse embora tenha sido noiva e não ter faltado pretendentes, já que sempre foi uma mulher muito bonita e inteligente, ainda em idade avançada e sem a ajuda de 'recursos externos' se manteve bonita e com um corpo esguio, sempre teve por hábito andar bastante.

Confesso que quando fiz meus 50 anos me senti ótima, comemorei numa balada com minha filha e amigos, mas no inicio dos 51 tive uma fase meio confusa que analisando penso que foi devido a problemas de relacionamento com pessoas muito queridas, pois a vida precisa ser regada de boas relações para ter um sabor especial!

No ano de 2010 encontrei um grupo de mulheres num curso que realizei em Vitória, ES, que me fortaleceu a idéia de que podemos apesar dos anos continuar a sermos bonitas e desejadas sem exatamente utilizar de recursos como plástica e silicone, três delas tinham por volta de 60 anos e muito bonitas, descoladas e cheias de charme, cada uma tinha um perfil de vida diferente, uma mantinha bom relacionamento com o marido, outra era viúva e a outra ainda nunca se casou, mas confessou que sempre foi namoradeira, a partir dali me senti cada vez mais segura em encarar minha nova década de vida. Hoje com 52, me sinto super bem com minha auto-imagem e com a vida, tanto, que estou fazendo algumas sessões com um terapeuta holista em quem tenho toda a confiança para limpar qualquer restinho de mágoa escondida, citando Dostoievski, em meus 'porões do subterrâneo'.

Nessa semana recebi de duas amigas, a Verônica e a Leda o mesmo e-mail, onde Jane Fonda, linda, fala exatamente sobre a idade da sabedoria, é muito bacana e vejo que as conclusões que ela tira dessa análise do bem estar no 'terceiro ato da vida' está diretamente relacionada com o modo como nos tratamos, de que recursos disponibilizamos para um padrão mental de qualidade, ela inclusive propõe que façamos uma avaliação realizando uma retrospectiva dos anos vividos, não para ficar lastimando pelo que passou, mas bem o contrário, a proposta é fazermos uma releitura de nosso tempo vivido dando novos valores as experiências interpessoais a fim de avaliarmos o quanto de nossa identidade é verdadeira ou quanto ela foi adotada a partir dos valores das pessoas que fizeram parte de nossa estrada.

Até que ponto nos deixamos influenciar pelo que outras pessoas interpretaram de nós.

E até quanto nós interpretamos pessoas como pai, mãe, marido, esposa, filhos de acordo com nosso padrão de expectativa pessoal ou imposto pela sociedade.
 
Avalie pode ser uma viagem muito benéfica!!




Viva seu presente com alegria!!
 

Você merece!!

Um abraço,

Ivone Leão

Apaixonada pela vida!!




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