Essa é uma estória comum que poderia acontecer um qualquer lugar do mundo...
Era uma vez uma menina chamada Miriam, como tantas, nem bonita nem feia, mas com um plano na
cabeça, casar com um bom homem e formar uma família com lindos filhinhos que
com certeza a amariam como ninguém tinha feito antes...
E assim com dezessete anos, num bonito vestido branco marcou a passagem de
uma vida de menina para uma vida de gente grande!
O marido também não era nem feio nem bonito apenas o marido que ela
acreditava seria bom e dividiria os dias naquela vida que sonhara.
Mas qual não foi sua tristeza o homem com quem casou tornou-se seu
pesadelo, de temperamento agressivo logo passou a agredi-la com socos e pontapés.
Quem passava pela casa não imaginava a vida deles assim...
Apesar disso veio o primeiro filho que ela amou na certeza de que ali
estaria alguém que enfim a amaria como ninguém a amara antes e lhe deu o nome
de Milton pra combinar com o dela apertando assim os laços...
Miriam agora não era só uma, se multiplicara em Milton um forte e lindo
bebe.
O marido continuava do mesmo modo, bruto, apesar de se dizer apaixonado por
ela e pedir desculpas a cada marca que imprimia na carne daquela mulher.
Um dia ele perdeu seu bom emprego apesar do diploma de doutor.
Dessa forma Miriam passou a sustentar a casa com os casacos de tricô que
fazia e vendia nas lojinhas da cidade.
Nesse tempo outro bebe estava pra chegar, o que a deixava bem feliz,
pensando que ele faria companhia a Milton além de ter mais alguém que a amaria
como ninguém fizera antes...
Outro menino veio alegrando ainda mais seu caminho e nele colocou o nome de um
poeta pensando que ele poderia ao crescer seguir a mesma trilha, ela achava tão
bom a vida ter poesia!!
Agora era Miriam, Milton e Carlos, tinha também Pedro o marido de modos
rudes, mas de tão esquisito que se fazia distante no cotidiano da família.
E entre novelos de lã, crianças e panelas seguiam os dias um a um até que
depois daquele acontecimento assustador o rumo de tudo mudou.
Ouvi dizer que Pedro quase matou Miriam apertando-lhe o pescoço enquanto
olhava bem dentro de seus olhos naquele domingo como tantos outros... mas só
que dessa vez ele perdeu, perdeu Miriam, Milton e Carlos...
As últimas notícias contaram que Miriam e os meninos pegaram o trem da meia noite rumo à capital onde ela montou uma
fábrica de blusas de lã, mas acho que é estória de quem não tem mais o que
fazer... só de uma coisa eu não duvido, ela amou Milton e Carlos como ninguém
mais amou nessa vida...
E por aqui fica essa estória e quem quiser que conte outra...
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A agressão contra as mulheres atinge níveis altíssimos no mundo todo, agressão física, moral e emocional, no Brasil a Lei 11.340/06, conhecida com Lei Maria
da Penha, ganhou este nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes,
que lutou por vinte anos para ver seu agressor preso.
em que momento alguns de nós perde o rumo dos planos...
Pra quem ainda não sabe...
Maria
da Penha é biofarmacêutica cearense, e foi casada com o professor
universitário Marco Antonio Herredia Viveros. Em 1983 ela sofreu a
primeira tentativa de assassinato, quando levou um tiro nas costas
enquanto dormia. Viveros foi encontrado na cozinha, grtitando por
socorro, alegando que tinham sido atacados por assaltantes. Desta
primeira tentativa, Maria da Penha saiu paraplégica. A segunda tentativa
de homicídio aconteceu meses depois, quando Viveros empurrou Maria da
Penha da cadeira de rodas e tentou eletrocuta-la no chuveiro.
Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendação para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. E esta foi a sementinha para a criação da lei. Um conjunto de entidades então reuniu-se para definir um anti-projeto de lei definindo formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência às vítimas.
Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral. http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha
Apesar da investigação ter começado em junho do mesmo ano, a denúncia só foi apresentada ao Ministério Público Estadual em setembro do ano seguinte e o primeiro julgamento só aconteceu 8 anos após os crimes. Em 1991, os advogados de Viveros conseguiram anular o julgamento. Já em 1996, Viveros foi julgado culpado e condenado há dez anos de reclusão mas conseguiu recorrer.
Mesmo após 15 anos de luta e pressões internacionais, a justiça brasileira ainda não havia dado decisão ao caso, nem justificativa para a demora. Com a ajuda de ONGs, Maria da Penha conseguiu enviar o caso para a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), que, pela primeira vez, acatou uma denúncia de violência doméstica. Viveiro só foi preso em 2002, para cumprir apenas dois anos de prisão.
O processo da OEA também condenou o Brasil por negligência e omissão em relação à violência doméstica. Uma das punições foi a recomendação para que fosse criada uma legislação adequada a esse tipo de violência. E esta foi a sementinha para a criação da lei. Um conjunto de entidades então reuniu-se para definir um anti-projeto de lei definindo formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres e estabelecendo mecanismos para prevenir e reduzir este tipo de violência, como também prestar assistência às vítimas.
Em setembro de 2006 a lei 11.340/06 finalmente entra em vigor, fazendo com que a violência contra a mulher deixe de ser tratada com um crime de menos potencial ofensivo. A lei também acaba com as penas pagas em cestas básicas ou multas, além de englobar, além da violência física e sexual, também a violência psicológica, a violência patrimonial e o assédio moral. http://www.observe.ufba.br/lei_mariadapenha
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Infelizmente
muitas de nós, mulheres que somos agredidas, não partimos em nossa defesa, por
nos sentirmos desmerecidas, envergonhadas, com medo de represália por parte do
agressor e mesmo por nos sentirmos sem uma saída já que a maioria dos
agressores são os próprios maridos e por vezes provedores financeiros da
família,
mas
isso tem que mudar!!
Não
tenha medo de fazer o certo!!
DISQUE
180 Central de Atendimento a Mulher
DENUNCIE
em que momento alguns de nós perde o rumo dos planos...
Ivone Leão
Apaixonada pela vida!!
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